domingo, 8 de novembro de 2009

Ilhabela minha cidade maravilhosa

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Contextos na alfabetização !

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Receitas De Natal

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Ou Isto ou Aquilo - Cecília Meireles

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POESIAS E POEMAS DE CECILIA MEIRELES




BOLHAS
OLHA A BOLHA D'ÁGUA

NO GALHO!

OLHA O ORVALHO!

OLHA A BOLHA DE VINHO

NA ROLHA!

OLHA A BOLHA!

OLHA A BOLHA NA MÃO

QUE TRABALHA!

OLHA A BOLHA DE SABÃO

NA PONTA DA PALHA:

BRILHA, ESPELHA

E SE ESPALHA

OLHA A BOLHA!

OLHA A BOLHA

QUE MOLHA

A MÃO DO MENINO:

A BOLHA DA CHUVA DA CALHA !



O MOSQUITO PERNILONGO

TRANÇA AS PERNAS, FAZ UM M,

DEPOIS, TREME, TREME, TREME,

FAZ UM O BASTANTE OBLONGO,

FAZ UM S.

O MOSQUITO SOBE E DESCE.

COM ARTES QUE NINGUÉM VÊ,

FAZ UM Q,

FAZ UM U, E FAZ UM I.

ESTE MOSQUITO

ESQUISITO

CRUZA AS PATAS, FAZ UM T.

E AÍ,

SE ARREDONDA E FAZ OUTRO O,

MAIS BONITO.

OH!

JÁ NÃO É ANALFABETO,

ESSE INSETO,

POIS SABE ESCREVER SEU NOME.

MAS DEPOIS VAI PROCURAR

ALGUÉM QUE POSSA PICAR,

POIS ESCREVER CANSA,

NÃO É, CRIANÇA?

E ELE ESTÁ COM MUITA FOME”.



LEILÃO DE JARDIM
 

QUEM ME COMPRA UM JARDIM

COM FLORES?

BORBOLETAS DE MUITAS CORES,

LAVADEIRAS E PASSARINHOS,

OVOS VERDES E AZUIS

NOS NINHOS?

QUEM ME COMPRA ESTE CARACOL?

QUEM ME COMPRA UM RAIO DE SOL?

UM LAGARTO ENTRE O MURO E A HERA,

UMA ESTÁTUA DA PRIMAVERA?

QUEM ME COMPRA ESTE FORMIGUEIRO?

E ESTE SAPO, QUE É JARDINEIRO?

E A CIGARRA E A SUA CANÇÃO?

E O GRILINHO DENTRO DO CHÃO?

(ESTE É MEU LEILÃO!)




A BAILARINA



ESTA MENINA TÃO PEQUENINA QUER SER BAILARINA.



NÃO CONHECE NEM DÓ NEM RÉ



MAS SABE FICAR NA PONTA DO PÉ.



NÃO CONHECE NEM MI NEM FÁ



MAS INCLINA COM O CORPO PARA CÁ E PARA LÁ.



NÃO CONHECE NEM LÁ NEM SI MAS FECHA OS OLHOS E SORRI.



RODA, RODA, RODA COM OS BRACINHOS NO AR



E NÃO FICA TONTA NEM SAI DO LUGAR.



PÕE NO CABELO UMA ESTRELA E UM VÉU E DIZ QUE CAIU DO CÉU.



ESTA MENINA TÃO PEQUENINA QUER SER BAILARINA.



MAS DEPOIS ESQUECE TODAS AS DANÇAS, E TAMBÉM QUER DORMIR COMO AS OUTRAS CRIANÇAS.



O MENINO AZUL

O MENINO QUER UM BURRINHO

PARA PASSEAR.

UM BURRINHO MANSO,

QUE NÃO CORRA NEM PULE,

MAS QUE SAIBA CONVERSAR.



O MENINO QUER UM BURRINHO

QUE SAIBA DIZER

O NOME DOS RIOS,

DAS MONTANHAS, DAS FLORES,

- DE TUDO O QUE APARECER.



O MENINO QUER UM BURRINHO

QUE SAIBA INVENTAR HISTÓRIAS BONITAS

COM PESSOAS E BICHOS

E COM BARQUINHOS NO MAR.



E OS DOIS SAIRÃO PELO MUNDO

QUE É COMO UM JARDIM

APENAS MAIS LARGO

E TALVEZ MAIS COMPRIDO

E QUE NÃO TENHA FIM.



(QUEM SOUBER DE UM BURRINHO DESSES,

PODE ESCREVER

PARA A RUAS DAS CASAS,

NÚMERO DAS PORTAS,

AO MENINO AZUL QUE NÃO SABE LER

                                                                    
 
 

                                                                      

BIOGRAFIA DE CECILIA MEIRELES


Órfã do pai, Carlos Alberto de Carvalho Meireles, três meses antes de seu nascimento, e da mãe, Matilde Benevides Meireles, aos três anos de idade. Os seus pais haviam tido três outros filhos antes dela, nenhum dos quais sobrevivera. A sua poesia, focada com frequência na passagem do tempo e na ausência de sentido da vida, foi fortemente influenciada por essas perdas.
Cecília foi, a partir de então, criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides e, aos nove anos, começou a escrever poesia. Freqüentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Aos dezoito anos de idade publicou o seu primeiro livro de poesias (Espectro, 1919), um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
No ano de 1922 casou-se com o pintor português Fernando Correia Dias com quem teve três filhas. O seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Cecília voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada fundando, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Ela traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima.
Os poemas infantis de Cecília Meireles não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou Nunca Mais... e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
A autora publicou regularmente, até a sua morte, no ano de 1964, dois dias após ter completado 63 anos. Algumas de suas publicações neste período foram Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Romanceiro da Inconfidência (1953), Metal Rosicler (1961), Poemas Escritos na Índia (1962), Solombra (1963) e Ou Isto ou Aquilo (temática infantil, 1964).











Poesias De CecíLia Meireles

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sábado, 7 de novembro de 2009

OS TRÊS PORQUINHOS PARA CRIANÇAS SURDAS




   Estórias digitais

O USO DO JORNAL COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM






Uma das principais críticas que se tem feito contra o ensino brasileiro é o distanciamento dos conteúdos curriculares das necessidades reais que o estudante enfrenta ao sair da escola, e para as quais não foi preparado.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam um grande avanço, porém, não surtirão o efeito desejado se os professores não forem conscientizados sobre as novas perspectivas que se abrem e não forem capacitados para agregarem à sua prática conteúdos e metodologias indispensáveis para atender as necessidades urgentes dos indivíduos e da sociedade.
Neste contexto, o jornal pode ser utilizado como um recurso, por excelência, para introduzir a discussão de problemas cruciais que enfrentamos como a violência, crise ética, falta de emprego, velocidade das mudanças, massificação e precocidade sexual, entre outros. Entretanto, não basta discutir a informação contida no jornal. É preciso mostrar aos professores como ir além da discussão e ter ferramentas visando preparar os educandos para encontrarem soluções.
As próprias diretrizes dos Parâmetros Curriculares elegeram o jornal como principal ferramenta que possibilita à escola viver a realidade, quando citam a necessidade dos professores utilizarem os "textos do mundo".
Já são inúmeras as evidências que demonstram as vantagens e benefícios da utilização do jornal na educação, como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem. Entretanto, muitos tabus ainda persistem relacionados ao uso pedagógico do jornal. Para removê-los, a autora da obra Jornal na Educação - considerações pedagógicas e operacionais - Sílvia Costa, aceitou o convite da redação da revista Aprender para coordenar o desenvolvimento de uma série de matérias enfocando o uso do jornal na educação.
Além de escritora, Sílvia é coordenadora do Programa "Jornal Escola e Comunidade" desenvolvido pelo jornal A Tribuna, na cidade de Santos-SP. Nos últimos anos já assessorou mais de 15 jornais brasileiros na implementação de projetos semelhantes.
Para Sílvia, o jornal não é livro didático. Por isso, ao ser introduzido na sala de aula, requer preparo dos professores, orientando-os sobre os propósitos maiores do programa Jornal na Educação , sugerindo posturas adequadas e estratégias eficazes para despertar nos alunos o interesse pela busca de informações e a formação de habilidades e atitudes decorrentes da prática da leitura.
O uso do jornal de forma fragmentada ou limitado aos propósitos restritos de disciplinas curriculares empobrece as possibilidades a serem exploradas. A formação do leitor consciente e participante é o principal objetivo do programa e, embora pareça óbvio, nem sempre isto é priorizado na prática escolar.
"O jornal é uma rica fonte de informações. Se for 'didatizado', servindo apenas para exploração de conteúdos curriculares pré-determinados, não atenderá aos seus objetivos prioritários, que é o incentivo à leitura e à formação de leitores, conforme explica Sílvia Costa."
A dinâmica do jornal possibilita a reciclagem cultural do professor, a quebra da rotina estagnante para acompanhar o fluxo das mudanças e as exigências de atualização permanente.
Trabalhar questões como a mutabilidade dos tempos, a relação quantidade versus qualidade das informações, a seletividade e a organização das informações que nos chegam diariamente, passa a ser o atual desafio dos professores que desejam sair da mediocridade da educação tradicional.
Uma das prioridade para os projetos dos jornais na área de Educação deve ser a cultura regional, diz Sílvia Costa. Ela explica melhor através de um exemplo: "Nós, aqui em Santos, temos o maior porto da América Latina, mas em grande parte da rede de ensino não se dá a menor atenção a isso". Desde 1993 o programa Jornal, Escola e Comunidade, que tem o apoio cultural da Rhodia, passou a desenvolver ações nesse sentido, na área de Cultura Marítima e Portuária.
As possibilidades de contextualização com a realidade que o uso do jornal pode proporcionar são inúmeras, como neste exemplo apresentado por Sílvia Costa: "Ao calcular os rendimentos da poupança, ou o percentual de acréscimo nas compras a prazo, o aluno percebe a necessidade do domínio da matemática para o desempenho da vida diária. Ao deparar-se com notícias sobre poluição, contaminação, lixo tóxico, terá que, necessariamente, recorrer aos princípios básicos de ciências, física e química para entender melhor os fatos".
O processo participativo e vivencial com o uso do jornal é também significativo, indo desde a pesquisa e seleção da matéria, até o debate, a discussão, interpretação e a proposta de soluções. A experiência ainda pode ir além, quando há oportunidade de participação efetiva do aluno no processo em questão, como por exemplo em matérias ou notícias sobre problemas no seu bairro, atividades comunitárias e culturais, decisões políticas, informações científicas, entre outras.
As informações oriundas do jornal podem criar "ganchos" que facilitam a abordagem de assuntos pouco trabalhados na escola, tais como desenvolvimento afetivo, problemas emocionais, agressividade e violência, drogas, sexualidade, meio ambiente, cidadania e organização existencial (metas e objetivos existenciais, vocação, profissão, etc).
Também no campo do desenvolvimento cognitivo o jornal pode seu muito útil. Com o uso do seu, o aluno pode ser levado a exercitar várias operações mentais, tais como comentar, explicar, opinar, selecionar, seriar, discriminar, comparar, induzir, deduzir, sintetizar, classificar, interpretar, justificar, concluir, entre outras.
Os profissionais do jornal também devem ser orientados sobre as vantagens que a formação de novos leitores pode trazer para eles. Por outro lado, devem ser conscientizados sobre a análise crítica do jornal que é feita em sala de aula e como este fato pode ser tratado para contribuir para a melhoria da qualidade do produto.
O estudante que utiliza o jornal em sala de aula hoje será o leitor crítico, exigente e esclarecido de amanhã. Este movimento sucessivo de conscientização e formação de leitores levará, em um curto período de tempo, a pressionar os veículos de comunicação a melhorar cada vez mais a sua qualidade.

Os programas de Jornal na Educação
No mundo todo encontramos programas que visam à utilização do jornal na educação. Nos Estados Unidos existe o NIE (Newspaper In Education), atualmente com mais de 1000 jornais atuantes. Na França existe o CLEMI (Centro de Ligação do Ensino e dos Meios de Informação). Na Argentina, há um programa de repercussão nacional - El Diário en la Escuela - coordenado pela Associação dos Diários do Interior da República Argentina (ADIRA), que realiza um congresso anual de repercussão internacional, intitulado de "Los Medios de Comunicación y la Educación."
No Brasil, o primeiro jornal a desenvolver um programa de Jornal na Educação foi o Zero Hora, de Porto Alegre e, segundo informações da ANJ, atualmente apenas 40 jornais no país desenvolvem programas de Jornal na Educação.
Cada jornal apresenta um programa com características peculiares, porém, em linhas gerais, todos os programas visam fornecer às escolas determinadas cotas de jornais, sem ônus, e também, orientação aos professores quanto ao seu uso pedagógico. Geralmente, cada jornal apresenta um coordenador do programa, responsável pelo intercâmbio com as escolas.
Alguns jornais mantém seções semanais, outros cadernos mensais, que servirão como elemento de intercâmbio dele com as escolas que fazem do programa. Estes jornais, quase sempre oferecem um acompanhamento pedagógico apropriado, associado a um material de apoio didático de qualidade, visando orientar quanto ao uso do jornal em cada uma das disciplinas do currículo escolar.
As iniciativas públicas nesta área são poucas. Destaca-se o programa do Governo do Distrito Federal que financiou 500 assinaturas de jornais diários para escolas da rede pública. O programa atendeu mais de 100 mil alunos do ensino médio e fundamental. O financiamento partiu da Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF), que também foi a responsável pelo treinamento pedagógico dos professores.
A importância dos programas de Jornal na Educação reside nas possibilidades que o mesmo apresenta para revitalizar, dinamizar e reperspectivar a educação, contextualizando-a e aproximando-a do cotidiano das pessoas e atingindo a sua função real de transformadora do indivíduo e da sociedade.
A revista Aprender estará lançando em breve, uma série de Cadernos Didáticos para orientação quanto ao uso do jornal na educação, de forma multidisciplinar, visando a atender todas as disciplinas de ensino médio e fundamental.
Objetivos do Programa de Jornal na Educação
* Desenvolver a empatia aluno/jornal, possibilitando ao leitor em potencial manipular o material concretamente e se familiarizar com ele.
* Desenvolver o gosto e o hábito de leitura de jornal.
* Estimular o aluno a se manter informado sobre assuntos de interesse particular e comunitário.
* Estimular o aluno à discussão de sua realidade, desenvolvendo o espírito crítico, pensamento lógico e criativo, tendo em vista a formação do cidadão consciente e participante.
* Possibilitar ao aluno e ao professor o enriquecimento de seu universo existencial, inteirando-se do que se passa em outras regiões, nos mais diversos setores da atividade humana, através do jornal e das pesquisas que ele suscita.
* Viabilizar a utilização do jornal como recurso de apoio didático para todas as disciplinas curriculares.
* Promover a integração entre o currículo escolar e a realidade do dia-a-dia.
* Incentivar a aproximação familiar, tornando menor a distância entre as gerações da família, através da discussão de temas em comum.
* Conscientizar e promover o exercício da cidadania, discutindo os problemas da comunidade e buscando soluções.
* Atender à proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN's, que indicam a utilização dos "Textos do Mundo", nas salas de aula.
* Desenvolver o processo da aprendizagem, exercitando as capacidades operacionais da mente do aluno: atenção, observação, discriminação, comparação, classificação, análise, argumentação, síntese, indução, dedução, que possibilitarão uma postura de pesquisa, crítica e atuação bem fundamentada, coerente e construtiva.

Texto extraído do livro Jornal na Educação de Sílvia Costa

Dicas de jornais sobre Educação
Alguns Programas de Jornal na Educação no Brasil
Amazonas (AM) A Crítica A Crítica na Escola
Bahia (BA) A Tarde A Tarde na Escola
Ceará (CE) Diário do Nordeste Jornal na Sala de Aula
Distrito Federal (DF) Correio Braziliense Correio Escolas
Gazeta Mercantil Gazeta Mercantil na Universidade
Espírito Santo (ES) A Gazeta A Gazeta na Sala de Aula
Goiás (GO) O Popular Almanaque-Escola
Minas Gerais (MG) Correio Correio Educação
Estado de Minas EM Vai às Aulas
Mato Grosso do Sul (MS) Correio do Estado Correio e Escola
O Progresso O Progresso na Educação
Pará (PA) O Liberal O Liberal na Escola
Pernambuco (PE) Diario de Pernambuco Leitor do Futuro
Jornal do Commercio JC nas Escolas
Piauí (PI) O Dia O Dia na Escola
Paraná (PR) Folha de Londrina Projeto Cidadania
Gazeta do Povo Ler & Pensar
Folha de Palotina Fazendo Escola
O Diário do Norte do Paraná O Diário na Escola
Rio de Janeiro (RJ) O Dia O Dia na Sala de Aula
O Globo Quem Lê Jornal Sabe Mais
Rio Grande do Norte (RN) Diário de Natal Projeto Ler
Rio Grande do Sul (RS) A Razão A Razão de Ler
Jornal NH NH na Escola
Zero Hora ZH na Sala de Aula
Santa Catarina (SC) A Notícia A Notícia na Escola
Folha do Oeste Jornal na Escola
São Paulo (SP) A Tribuna Jornal, Escola e Comunidade
Correio Popular Correio Escola
Diário da Região O Jornal na Educação
Diário de Sorocaba Diário Educação
Diário de Suzano DS Escola
Diário do Povo Diário Educação
Diário Popular O Jornal na Sala de Aula
Folha da Região Folha da Região na Sala de Aula
Folha de São Paulo Folha Educação
Jornal de Jundiaí JJ na Educação Regional
Jornal de Piracicaba JP na Escola
O Estado de S. Paulo Estadão na Escola
Fonte: Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Brasileira dos Jornais do Interior (ABRAJORI)

O ALUNO NO APRENDER A APRENDER



E expectativa criada pelos educadores de encontrarem paradigmas, abordagens ou tendências pedagógicas inovadoras nem sempre levam em consideração o sujeito do processo, que é o aluno. Salvaguardando o modismo que, se apresenta na fala dos docentes, mas que muitas vezes, não se reflete na ação pedagógica propriamente dita, atingiu-se um estrangulamento das metodologias reprodutivistas. Usuário do processo pedagógico, o aluno tem sido submetido a adentrar o espaço escolar sem que se estabeleçam oportunidades criativas para a sua formação Para Demo (1994):
"As escolas são lugares de 'decoreba' onde o aluno tangido para a domesticação. Por vezes internaliza coisas, ajunta na cabeça um monte de informações, aprende pedaços de conhecimento, mas não os junta, sistematiza, questiona, reconstrói, porque o próprio professor não sabe fazer isso" (p.100)
0 cerimonial estabelecido em sala de aula, onde o professor ensina e o aluno só aprende, vem sofrendo uma ruptura neste final de século. 0 mundo moderno exige dos sujeitos uma formação que envolvam raciocínio lógico, criatividade, espírito de investigação, diálogo com os autores, construção de textos próprio, capacidade produtiva, e vivência de cidadania plena. Os meios de comunicação, os movimentos populares vem influenciando significativamente os indivíduos a exigirem seus direitos como cidadãos que buscam qualidade de vida. Os alunos que freqüentam o sistema escolar, em todos os graus, convivem com o desencontro do que é proposto na sala de aula e do que é exigido pela sociedade como profissionais.
A recomendação infiltrada no "aprender a aprender" implica saber pensar e "ao mesmo tempo, a capacidade de dominar e renovar informação, e de decidir o que fazer corn ela". A proposição é a união entre saber e mudar. Aprender para transformar. Pesquisar para reconstruir. Enfim, não se restringir a copiar e decorar.
Os estudantes serão exigidos como parceiros na construção do conhecimento, pois a sociedade moderna apresenta o conhecimento como recurso central para o desenvolvimento. Para Druker (1989), a mudança incidirá na posição social e no papel da escola e atingirá o aluno com uma nova visão de escola:
"Embora seja há muito tempo uma instituição fundamental, ela era da sociedade ao invés de estar na sociedade. Ela se preocupava com os jovens, que ainda não eram cidadãos, nem responsáveis, nem estavam na força de trabalho. Na sociedade do conhecimento a escola passa a ser também a instituição dos adultos, em especial dos adultos altamente instruídos. Acima de tudo, na sociedade do conhecimento, a escola passa a ser responsável pelo desempenho e pelos resultados". (p.l5l)
Os indivíduos, portanto, passam a ser alunos num processo intermitente. A escola perde a característica de terminalidade. Por isso, a proposição da metodologia do "aprender a aprender" "torna-se oportuna e aponta caminhos para desestabilizar o ensino retrógrado e tradicional. A manutenção do aluno copiador "confundido a ambiência educativo-emancipatória com mera instrução, domesticação". (Demo, 1991, p.5) que não satisfaz as exigências da sociedade moderna. Os meios informatizados podem assumir perfeitamente o papel de depósito de informações. 0 que se espera para o ano 2000 serão alunos autônomos e criativos.
Os alunos, ao invés de utilizarem o caderno universitário com a prescrição de "receitas", deverão ser freqüentadores assíduos e ativos das bibliotecas, das videotecas, dos laboratórios, dos grupos de estudo, da busca de estratégias criativas de teor tecnológico e científico, do acesso à informática e eletrônica, principalmente, de mecanismos de autonomia para produção própria. Demo (1994) valida esta colocação:
"0 aluno precisa abandonar definitivamente a condição de objeto da aprendizagem. Sua função não é copiar e reproduzir, mas reconstruir, construir sob orientação do professor.
Os alunos sentem-se levados a participar de pesquisas, propostas, experiências, laboratório, gincana, competições, seminários, etc, internalizando na teoria e na prática que o centro do aprender é o aprender a aprender." (p. 87 e 90)
A sociedade do conhecimento exige pessoas que tenham capacidade autônoma de aprender a aprender. Esta premissa torna-se válida quando propõe novas formas de atuar junto aos estudantes em todos os graus de ensino. Não se trata de mais um modismo, mas de exigência da comunidade mundial, pois o desenvolvimento depende da competência tecnológica própria, e a ciência e a tecnologia são fatores determinantes no avanço para modernidade.
A escola não tem o direito de manter os alunos como agentes passivos e reprodutivos de conhecimentos neste momento histórico. Apresentar novas metodologias torna-se ato de criação, de transformação, de investigação, de pesquisa de novos referenciais que dêem suporte ao preparo das gerações ( jovens e adultos ) na busca constante do desenvolvimento.

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVAO: lugar do conhecimento e da inteligência


Em todas as instâncias nas quais educadores reúnem-se para discutir sobre educação, parece haver um consenso de que a educação básica deveria visar fundamentalmente à preparação para o exercício da cidadania, cabendo à escola formar o aluno em conhecimentos, habilidades, valores, atitudes, formas de pensar e atuar na sociedade através de uma aprendizagem que seja significativa.
A despeito deste aparente consenso, em grande parte a realidade de nossas escolas continua dominada por uma concepção pedagógica tradicional, na qual se ensina uma grande quantidade de informações - geralmente tendo como base única e exclusivamente o programa do livro didático - que servirão momentaneamente e serão descartadas após a prova, não chegando sequer a modificar as concepções espontâneas que os alunos trazem de seu cotidiano.
É comum que os currículos escolares sejam organizados em torno de um conjunto de disciplinas nitidamente diferenciadas, dominadas por uma ritualização de procedimentos escolares muitas vezes obsoletos, cujos conteúdos se apoiam numa organização rigidamente estabelecida, desconectada das experiências dos próprios alunos e na qual uma etapa é preparação para a seguinte. A despeito de todo avanço das pesquisas em educação, da ciência e da tecnologia, nossas aulas mais se assemelham a modelos do início do século, tendo como perspectiva metodológica dominante a exposição, a exercitação e a comprovação.
A escola, organizada sob tal enfoque, carece de significados aos alunos, gera abandono, desmotivação mesmo rebeldia que se manifesta, entre outras coisas, na agressividade dos alunos e em sua indisciplina.
A resposta que a escola dá a isso é, por vezes, acentuar procedimentos repressivos, impor recursos disciplinares ou atribuir os problemas a fatores externos tais como desequilíbrio familiar, imaturidade do aluno, ou os incontáveis problemas de aprendizagem.
Na essência, ainda temos uma escola meritocrática, classificatória que, se não exclui por meio de reprovações, exclui por uma aprendizagem que não ocorre.
Não estamos ainda preparados para as diferenças individuais. Falamos sobre classes heterogêneas, sonhando com a homogeneidade e, como conseqüência mais direta, criamos a categoria dos atrasados, dos excluídos, dos imaturos e dos carentes de pré-requisitos para estarem em nossas salas de aula.

Kátia Cristina Stocco SmoleKátia Cristina Stocco Smo
Doutoranda em Educação pela FE-USP
Coordenadora do Mathema





























HIPERATIVIDADE

Muitas vezes, mas não sempre, a hiperatividade associa-se a transtornos de aprendizagem. Pode ser que essa relação não seja mais do que o resultado de um desvirtuamento de seleção no que se refere à criança com transtornos de aprendizagem e também hiperativa, a qual é mais provável que seja encaminhada para estudo do que sua colega iguaImente com dificuldades de aprendizagem, que se senta quieta em seu lugar. De qualquer forma, a presença de hiperatividade em algumas crianças com transtornos de aprendizagem tem sido muitas vezes usada como base da controvérsia sobre a existência de algo errado no cérebro de tais crianças. Para algumas crianças a hiperatividade pode ser perfeitamente o resultado de anormalidades cerebrais, mas para outras pode ser um comportamento adquirido ou nada mais do que a manifestação do máximo da distribuição normal de motilidade humana. Níveis altos de atividade motora podem não ser um problema por si mesmos, mas a reação do ambiente em que a criança vive a essa atividade pode transformá-los em problema.
Os transtornos de aprendizagem são principalmente um problema para a criança; a hiperatividade é principalmente um problema para os adultos que cercam a criança. Como os adultos são os "encarregados'', não é de admirar que a intervenção se concentre no que está perturbando o adulto mais do que naquilo que a criança realmente necessita. Isto é, o tratamento é geralmente dirigido mais à hiperatividade do que ao problema de aprendizagem. Muitas vezes, os adultos ficam satisfeitos desde que a criança se sente quieta, não importando se no momento ela está tendo algum aproveitamento na escola. Parece que a hiperatividade pode muitas vezes ser reduzida mediante a administração de certas drogas relacionadas com a anfetamina. Por uma lógica desvirtuada, isto tem sido novamente usado como prova de que os transtornos de aprendizagem tem sua base em desordens cerebrais.
Há muitas questões metodológicas que precisam ser levadas em consideração se desejamos estudar a eficácia de uma droga. Essas questões constituem obstáculo para estudos verdadeiramente definitivos no campo da hiperatividade e dos transtornos de aprendizagem. Em conseqüência, o conhecimento nessa área é incerto, e o uso difundido de medicação com crianças que têm problemas na escola toca às raias da irresponsabilidade. Os efeitos físicos e psicológicos a longo prazo do uso continuado de agentes químicos poderosos são desconhecidos e é muito alto o potencial do seu uso abusivo. As drogas, portanto, devem ser usadas com muita prudência, principalmente nas intervenções alternativas que não incluem drogas para hiperatividade e problemas de aprendizagem.


ATIVIDADES PARA DESENVOLVER COM SURDOS






Algumas destas atividades foram confeccionadas pela professora Janny a qual quera receber todos os méritos pelo maravilhoso trabalho,parabéns!